Oficina apresenta Transição nas Universidades

O conhecimento sobre transição é de tal importância que sua apresentação no circuito acadêmico permite que se expanda, se torne discussão e transmita sua mensagem de transformação. Isabela Menezes ministrou dois Transition Talk para estudantes das Universidades públicas, Unesp Rio Claro e USP Leste, nos dias 23 e 24.

Na Unesp o convite veio dos organizadores da Semana de Estudos da Ecologia. Duas horas de apresentação e muita conversa. De todo o auditório, composto por 50 alunos, foi percebido o interesse na discussão da transformação do indivíduo para o coletivo.

Na Usp Leste, o convite foi para entrar na programação da IV Semana de Gestão Ambiental, com a temática de Cidades Sustentáveis. A participação dos estudantes de gestão ambiental foi massiva, acompanharam cinco horas de apresentação e dinâmicas em grupo. Todos saíram satisfeitos e empolgados com a possibilidade de transformarem suas realidades.

O teor das conversas foi o mesmo, sendo que na USP Leste houve um maior aprofundamento com as dinâmicas em grupo, uma no início, com o objetivo de fazer uma rodada de apresentação e descobrir as expectativas de cada um para o encontro. E no fim, a dinâmica foi para que os participantes reconhecessem no outro a vontade de mudar o mundo que todos temos dentro de nós mesmos.

Foi apresentado aos participantes todo o conceito do Movimento Transition Towns, seus ingredientes principais, seu embasamento e motivação que parte de três situações extremas da qual a humanidade está prestes a enfrentar ou já enfrenta: Aquecimento Global, Crise Econômica e Pico do Petróleo.

Isabela Menezes também mostrou toda a transformação que fez em sua vida de acordo com suas escolhas e seus hábitos para diminuir sua Pegada Ecológica e poder ser uma agente de transformação.

 

Apresentou o movimento do Transition Towns no Brasil, principalmente o Transition Granja Viana e o Transition Brasilândia, no qual ela e Monica Picavea são peças chave desde o ponta pé inicial até hoje.
Estes dois movimentos já tomaram forma e agregam cada dia mais colaboradores, agentes e apoiadores em suas localidades. É importante destacar que o movimento na Brasilândia é o primeiro em uma comunidade de baixa renda.

Como apresentado por Isabela, todos os movimentos são articulados em grupos que se “responsabilizam” por alguma questão que os sensibilizam e que indica ser um problema, por exemplo o lixo.

Desta forma, todos trabalham juntos para transformar a situação instaurada e acabam por perceber as suas capacidades para mudarem a realidade para melhor, e que a ausência do poder público não é o fim e sim o meio para recomeçar a estabelecer o espaço da sociedade civil nas cidades.

As Universidades são o palco ideal para as transformações sociais e eventos como esses são essenciais para o engajamento dos estudantes em mais atividades extra curriculares que tenham como objetivo o retorno do conhecimento a comunidade.